quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Erdinger Weissbier Dunkel - o relato de um noob

Olá.

Sou um apaixonado por cervejas (apesar de não ter as devidas condições financeiras para tal) e há um certo tempo desejava experimentar uma "gelosa" do tipo dessa daí da foto.

Juntando as moedinhas do bolso, adquiri essa belezura acima: a Erdinger Weissbier Dunkel, sobre a qual falarei abaixo.

Adianto que essa é a minha primeira experiência com uma dunkel, então posso estar pecando por desconhecimento.

Mas, chega de desculpas e blá blá blá. É hora de compartilhar as minhas impressões sobre essa "moreninha".


Pontos positivos

Cor
A Erdinger Weissbier Dunkel, apresenta uma belíssima coloração caramelada escura (que não aparece devido à qualidade porca da câmera do meu celular). Eu não estou exagerando: ESSA CERVEJA É LINDA.

Aroma
O aroma também é gostoso, porém muito suave.


As minhas críticas quanto à essa cerveja são:

Formação e duração da espuma
Esse é um ponto em que eu realmente me decepcionei. Enquanto sua irmã, a Erdinger Urweisse formou uma bela e consistente espuma, a dessa dunkel realmente não "se segurou" nem um pouco. Mais uma vez, acredito que o fato de não utilizar o copo devido para o tipo da cerveja tenha influenciado nisso.
   
Mas, antes de partir para a conclusão...
Diz-se que uma característica conhecida das dunkel é a pouca prevalência dos sabores torrados e com essa cerveja não é diferente. O amargor é muito sutil (quase inexistente). Em contrapartida, tive a impressão de que ela deixou um adocicado sutil na língua (o que estranhei um pouco -- talvez por inexperiência).


Conclusão
Apesar dos pontos negativos que citei acima, a Erdinger Weissbier Dunkel mostra-se uma bela cerveja: é agradável tanto à visão quanto ao olfato e indicada para aqueles que buscam sabores suaves e refrescância.

E, por ter deixado leves toques de adocicado, acredito que seja uma boa pedida para as noites quentes acompanhando pratos picantes como camarões apimentados ou mesmo aves assadas.

Acho que é tudo. Tchau!


PS: é impressão minha ou realmente "soei" arrogante nesse post?



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Há muito (nem tanto) tempo atrás...

Recentemente lembrei-me dos meus planos de criança. Aos 10 anos havia decidido que aos 25 seria um brilhante advogado. Mas não qualquer advogado: NÃO SENHOR!!
Eu seria do tipo de advogado que se quer ver nos filmes: cínico e infalível. Soltaria inocentes levados erroneamente a julgamentos. Seria o símbolo da esperança na justiça e teria um Porsche.

Engraçado como nos enganamos a respeito do nosso futuro. Não sou infalível, nem gostaria de ter sido advogado.

Mas ainda gostaria de ter um Porsche...

terça-feira, 24 de abril de 2012

O fim do hiato


Olá.

Faz muito tempo que não escrevo, mas, antes que comecem a me xingar, justificarei a minha ausência. Por muitas vezes nesses 10 meses eu quis compartilhar algo com o mundo. Mas não pude.

Estive ocupado pra caralho.

Acho que muitos (senão todos) sabiam da minha insatisfação com o meu antigo emprego de prestador de serviço em uma repartição pública municipal. Era um trabalho tranquilo (apesar de pagar mal) e o volume de trabalho ainda não era muito grande. Porém, a quantidade de funções que me eram atribuídas não parava de aumentar e a impossibilidade de crescimento era evidente.

Determinado a mudar de emprego recomecei a distribuir currículos, participei de entrevistas, dinâmicas de grupo e etc. Mas nenhum resultado era satisfatório.

Quando estava ficando puto da vida, fui convidado a participar do processo seletivo para uma multinacional.

Após uma semana de uma rigorosa seleção, fui contratado.

No novo emprego, dinamismo! Desafios constantes! Oportunidades!
Apesar das constantes cobranças por prazos a cumprir por metas a bater, eu finalmente me senti em um local onde minhas habilidades eram plenamente utilizadas. O aprendizado era constante havia a possibilidade de crescimento profissional no futuro.

Era o verdadeiro oposto do emprego anterior (e eu nem falei que o novo salário era quase o dobro)!!!!!

Com tantos estímulos positivos, resolvi mergulhar de cabeça no mundo corporativo. Mas, como nem tudo são flores, em pouco tempo comecei a sentir os efeitos da nova rotina: ansiedade, alterações de humor, agitação me levaram ao descuido com a alimentação, ao aumento do sedentarismo, e ao cansaço.

Houve fins de semana e feriados em que, por mais que eu quisesse e tentasse, não conseguia relaxar.

Antes que começasse a sentir os efeitos do stress, me vi fuçando por qualquer coisa na internet e não demorou até que começasse a me deparar com inúmeros sites, blogs e artigos sobre filosofias e religiões orientais tais como o budismo, taoísmo e zen-budismo, que pregavam uma melhoria da mente. Interessado em conviver melhor com os problemas do dia-a-dia, passei a consumir esse material e, mesmo com o pouco tempo de "estudo", estou conseguindo mudar alguns hábitos que eram prejudiciais à minha saúde (pelo menos hábitos alimentares).

Apesar das melhorias proporcionadas por esses ensinamentos, não sei se quero me aprofundar muito mais neles.

Com o pouco que li do Zen, estou, lentamente, aprendendo a me concentrar no presente. Estou aprendendo a aproveitá-lo, a desfrutá-lo da melhor maneira possível.

Quem sabe, em alguns meses não escreva novamente relatando como os novos hábitos melhoraram a minha forma física ou como me ajudaram a ascender profissionalmente?

O tempo dirá.

domingo, 26 de junho de 2011

Aceito Presentes

Numa noite dessas no MSN o amigo Yuri me manda os links dessas pequenas maravilhas de plástico. Os que me conhecem sabem que eu sou fã da série Megaman (ou Rockman, no Japão) e em especial da série X. E, por isso, fiquei de cara com a qualidade desses bonequinhos.

Segundo os fóruns e sites de venda, esses action figures são bem articulados, podendo reproduzir praticamente qualquer posição que fazem nos jogos e, o maior ponto positivo, em minha opinião: o boneco é a base e as armaduras podem ser compradas à parte (eu compraria todas ehehehehe). Isso sem falar do ultra-mega-power-hiper-fodástico-badass-motherfucker-blond-robot-from-hell: ZERO!

Zero e X em suas versões a partir do X4


Zero (versão X4)


X e um "met"



X e a bota da "1st armor" (armadura do MMX)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O NOVO PARADIGMA MATEMÁTICO DE ZENILDO

O NOVO PARADIGMA MATEMÁTICO DE ZENILDO

7 da manhã. Sou acordado pelo toque do meu celular.
– E aí, cara, tudo beleza contigo? – alguém me pergunta.
– Quem é?! – é tudo que consigo responder.
– É o Zenildo, cara – me responde a voz no celular.
Se tem uma coisa melhor que um bom fim-de-semana, é um fim-de-semana prolongado com um feriado na segunda-feira. Principalmente quando a manhã dessa segunda está chuvosa. O quarto estará silencioso e a cama, cujas cobertas estarão nas condições ideais de temperatura e maciez, encontrar-se-á perfeita para colocar o sono em dia. Todos concordaríamos que essa seria a melhor maneira de passar a manhã de um feriado em uma segunda-feira. Todos, exceto o Zenildo, que continua:
– Tá afim de tomar umas?
– Porra, Zenildo - respondo-lhe com todo o cavalheirismo que o meu humor de recém-acordado me permitia ter para com ele. – São sete da manhã e tá chovendo pra caralho, seu veado filho-de-uma-égua!
– Eu to ligado, mas é que ficaram umas cervas de ontem e eu tava afim de derrubar, mas não posso sozinho. – respondeu-me ele, continuando em seguida – Se vc quiser, eu passo aí pra te buscar.
É bem verdade que ser acordado às 7 da matina de um feriado é uma merda. Mas a possibilidade de cerveja de graça com transporte incluso melhora o ânimo de qualquer um. Talvez não melhore o seu, seu maldito abstêmio. Sei que não pode me compreender e eu tenho pena da sua pobre vida. Não tem idéia do prazer que é degustar uma cerveja pilsen gelada, cuja espuma forma um gracioso colarinho de 2 cm em um copo formato tulipa a uma temperatura de 4º C. Você não sabe o que é degustar esse conjunto harmonioso em plena manhã de segunda-feira (dia em que, normalmente, isso não é possível por conta do trabalho ou estudo). Uma pena para você, porque eu já estava consideravelmente bem humorado.
- Beleza então, vou me arrumar. Em quanto tempo passa por aqui? – perguntei-lhe.
- Uns 15 a vinte minutos – e desligou.
A casa de Zenildo encontra-se a aproximadamente 10 Km do apartamento onde moro. É um bairro não muito bom, com uma vizinhança pior ainda. Não é raro sua família passar todo o fim-de-semana fora devido às músicas de má qualidade que seus vizinhos tocam em alto volume. Não que sejamos gentlemen (até porque gentlemen não urinam nos muros de seus vizinhos quando bêbados). Se bem que nós não fazemos isso (não com a mesma freqüência que os vizinhos dele, pelo menos).

Como de costume, Zenildo levou duas vezes o tempo combinado para chegar e metade do tempo recomendável no caminho de volta. Ao chegarmos em sua rua, apesar da chuva torrencial, percebi o porquê de sua ânsia para tomar cerveja: Seus vizinhos haviam acordado antes dele. E como o álcool torna qualquer ruído tolerável (por pior que ele seja), meu amigo foi forçado a encontrar alguém para ligar.
Apesar de não ser dona de bar, a família de Zenildo possui um freezer horizontal em casa. Não era raro o mesmo estar abarrotado de cervejas populares.
Mas aquelas não eram as cervejas do Zenildo. Seu padrão era outro. Puro malte era o mínimo aceitável. Nos reuníamos com freqüência para degustação de importadas de diversos tipos: ale, malzbeer, lagger, stout. Com a desculpa de uma degustação gourmet, enchíamos a cara sem dó nem piedade. E, conforme o porre avançava, o filósofo interno de cada um tomava a palavra.
Nessa segunda-feira em especial, Zenildo mandou sua mais nova conclusão. Algo que mudaria para sempre o mundo da matemática. Algo que tinha de ser estudado, lido, debatido por especialistas. Ou, vai ver, era apenas uma conclusão estapafúrdia de um bêbado divagando sobre números. De alguma maneira falávamos sobre o conceito do infinito em matemática e meu amigo não perdoou:
- Os livros estão errados, porque o infinito menos infinito é zero.
Eu tenho estudado um pouco mais de matemática que o Zenildo. Mas, embora me considerasse tão burro nisso quanto ele próprio o era, achei sua conclusão um tanto estranha. Afinal, se algo é infinito não pode ser mensurado. Como pode se afirmar que o resultado de uma operação de dois valores desconhecidos é zero? Seria um infinito maior que o outro infinito? Um de nós dois estava terrivelmente equivocado, mas com toda confiança que o álcool poderia me dar, retruquei-lhe:
- Porra nenhuma, Zenildo! Vc ta é bêbado, porra...
- Eu sei, mas isso faz sentido. Não, isso é lógico, caralho – ele respondeu, continuando em seguida – se 1 menos 1 é zero, infinito menos infinito é zero!
O debate prosseguiu dessa maneira.
Após uma hora de conversa, e, já visivelmente cansado de tentar dissuadir um ébrio em sua convicção, apelei para os únicos meios de que dispunha. Convocar J-Zenildo e Th-Zenildo, ambos estudantes de alguma ciência exata que me ajudariam na minha cruzada pela conversão desse ébrio blásfemo. Eles que se virassem para provar o quão errada era essa idéia.
Expliquei-lhes a conclusão de nosso amigo, um olhou para o outro e segurando o riso, falaram quase em uníssono:
- Zenildo, você ta bêbado, porra!
E todos gargalhamos.
O paradigma matemático de Zenildo havia sido derrubado, mas nossa segunda-feira já estava valendo a pena.

Ricardo Rosa Santos

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Dois anos

Mãos, beijos, mordidas, sussurros, suor, êxtase, clímax, cansaço, adormecer.

Ela veste sua camisola e levanta-se. Dá alguns passos até a janela e olha para o céu. A noite está clara e, as poucas nuvens encontram-se longe no horizonte.

Um barulho faz com que olhe para a cama.

Ele ainda dorme.

Há dois anos vivem esse relacionamento: fins-de-semana de intenso êxtase e prazer, escondendo de seu filho, o melhor amigo dele, os motivos de suas escapadas;
Dois anos de frustração ante às inegáveis marcas do tempo em seu rosto;
Dois anos de culpa por impedí-lo de seguir com sua vida, embora ele diga não se preocupar com a diferença entre suas idades;
Dois anos de medo que ele mude de idéia...

Dois anos tentando se convencer a acabar com isso antes que se machuque.

Mergulhada em seus pensamentos, Ela não o vê se levantar e caminhar em sua direção. Ela o sente afagar seus cabelos, beijá-la no rosto, puxá-la gentilmente para próximo de si, e o ouve dizer gosta dela.

Ela quer odiá-lo por não ser um insensível, por não simplesmente usá-la e ir embora, por ser tão presente.
Ela quer odiá-lo pelo maldito carinho que joga por terra sua determinação em deixá-lo; Por tornar tudo tão mais difícil.

Vencida, ela o pega pela a mão, o beija e o leva de volta à cama.

Novamente mãos, beijos, mordidas, sussurros, gemidos. E então ela pede que ele a tenha com força, que a machuque.

E assim, como tem feito há dois anos, ela possa batê-lo e arranhá-lo. Para que possa gritar, sofrer, chorar e, em gozo, esquecer seus medos e angústias.

Para que ela possa sentir ódio dele e de si por saber que o ama.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Fones pra que te quero!

Quando a Sony lançou comercialmente o walkman na década de 1970, teve início a era dos players de música portáteis e “discretos”. Já era possível ter suas músicas favoritas disponíveis a qualquer hora e lugar. Fones de ouvido (conhecidos desde os anos 1940) foram escolhidos em vez de alto-falantes resultando em aparelhos mais baratos, com uma maior autonomia das pilhas e pouco ou nenhum incômodo para as pessoas ao redor. Porém, a maior vantagem dos fones é que eles isolam o ouvinte do ambiente, e lhe propiciam uma melhor experiência auditiva.

Logo, todos concordamos que alguém que usa seus fones de ouvido em um ônibus, por exemplo, deseja um pouco de privacidade. Correto?

Errado.

Há quem simplesmente não consiga ver alguém sossegado em seu canto com seus fones de ouvido. A cena é comum e você com certeza já a presenciou ou era a pessoa com os fones.

O bom senso ensina que, se uma pessoa não o retribuir suas tentativas de diálogo, é porque não quer conversar. Some-se a isso o fato de a pessoa estar com fones de ouvido e bingo! Caberia ao interlocutor entender que esse não é o melhor momento para uma prosa. Mas é claro que isso não ocorre. Ao invés de deixar a pessoa (que pode ser eu, você ou o Zé dos Santos) em paz, os fulaninhos ficam buscando assunto para chamar a atenção do pobre coitado. Parecem incapazes de perceber que não há diversão em repetidamente pausar a música, e nem que o fone na outra orelha é uma mensagem clara de que o que-quer-que-seja-que-se-tenta-ouvir possui uma certa prioridade naquele momento.

Isso não deve ser carência. É maldade mesmo. Ninguém vai aporrinhar o filho-de-uma-jumenta que usa seu celular em volume máximo no ônibus. Não há um filho-de-uma-égua para puxar um papo com esse cara.

Mas eu tenho a solução para o problema: se você é um dos fulaninhos que citei anteriormente, aproveita essa sua vocação para encher o saco e vai aporrinhar o pagodeiro que usa o celular como carro-de-som dentro do ônibus. Você vai conseguir sua conversa, dará a atenção que o escroto procura e vai me livrar da tentação de te mandar tomar no olho do teu cu.

Grato.